[FIFA] THOMAS HÄßLER

Após a forma ridícula que a equipe caiu na temporada passada, sendo rebaixada com rodadas de antecedência na Bundesliga, o anúncio de Thomas Häßler como novo técnico fez muitos pensarem que, com Icke no comando, o Köln voltaria a fazer grandes apresentações como num toque de mágica. Porém, fora de campo as coisas não são tão fáceis quanto eram dentro das quatro linhas para nosso ídolo.

O que se viu em campo foi uma equipe lenta na transição da defesa para o ataque e sem a mínima criatividade no último terço do campo. Häßler armou a equipe em todos os quatro jogos baseado num 3-4-3, que se transformava em um 5-4-1 na fase defensiva.

Defensivamente, a equipe até teve bons momentos durante as partidas, retomando a posse de bola com rapidez e sem sofrer muito em seu campo de defesa. Porém, ainda assim sofremos gols em todos os jogos, o que deixa claro que alguns ajustes ainda precisam ser feitos, principalmente na proteção em frente a área. Contra o Feyenoord, esses defeitos ficaram ainda mais claros, enfrentamos uma equipe que trocava passes com muita rapidez e tivemos muitos problemas para acompanhar o ritmo da partida.

Se tivemos problemas na defesa, podemos multiplicar isso quando falamos sobre o ataque. Tivemos muitas dificuldades em furar as defesas adversárias. Faltou a famosa infiltração aos homens de meio-campo, que pouco ajudaram na chegada ao ataque, sobrecarregando demais os dois meias atrás do centroavante. A postura estática do time, sem movimentação dos seus homens de ataque, foi outro fator que nos deixou bem preocupados. Pelas laterais do campo até conseguimos criar algumas situações, porém, ainda muito pouco perto do esperado para a equipe.

Vale destacar as boas participações de Clemens e Schaub durante os jogos. No meio de um vazio de ideias, ambos os jogadores tiveram uma participação mais produtiva. Clemens marcou dois gols e mostrou muita vontade, sempre se movimentando e dando opção de passe para seus companheiros no campo de ataque. Já Schaub, recém-contratado ao Rapid Wien, foi quem tentava algo de diferente, mesmo que não tivesse sucesso na maior parte das vezes.

Como ponto negativo dos amistosos, além do mal futebol apresentado, fica a lesão de Simon Terodde. O camisa 9 da equipe teve uma fratura no cotovelo ainda no primeiro jogo diante do Torino, e deve ficar cerca de dois meses afastado dos treinamentos, perdendo assim o início da temporada.

Muitas dúvidas pairavam sobre a equipe após uma pré-temporada no mínimo insossa. Porém, demos a resposta logo de cara nos primeiros jogos da temporada. Vitórias convincentes contra Paderborn, Heidenheim e Erzgebirge Aue, jogos nos quais fomos muito superiores aos nossos adversários, mostrando que a falta de criatividade mostrada na pré-temporada ficou pra trás.

No entanto, ficamos pelo caminho precocemente na DFB-Pokal. Fomos ao Millerntor-Stadion com uma equipe praticamente titular para enfrentar o St. Pauli, chegamos a sair na frente no placar e dominávamos a partida. Mas um erro individual de Hector, ao tentar fazer um passe lateral pro centro do campo, colocou o adversário novamente no jogo e acabamos cedendo a virada minutos antes do apito final.

No jogo seguinte, enfrentamos o Hamburgo fora de casa, em um confronto que sabíamos ser vital na luta pelo acesso, por tratar-se dos dois times recém-rebaixados da primeira divisão alemã. O jogo foi muito disputado, com as duas equipes dando muito poucas chances para o adversário criar. Conseguimos abrir o placar já na reta final do jogo em um gol de cabeça de Córdoba, aproveitando cobrança de escanteio de Koziello. Mas não conseguimos sustentar o resultado, o Hamburgo subiu a marcação e aproveitou uma roubada de bola no campo de ataque pra sacramentar a igualdade no placar.

CLASSIFICAÇÃO 2. BUNDESLIGA

MERCADO AGITADO

Com o rebaixamento na temporada passada, claro que não podíamos esperar manter o mesmo elenco. Diferentemente de Hector e Horn, que se negaram a ativar suas cláusulas de rescisão pelo rebaixamento e decidiram permanecer no clube, outros decidiram partir. Miloš Jojić acertou sua transferência para o İstanbul Başakşehir por €11 milhões, enquanto Marco Höger fechou com o Newcastle por €12 milhões e Marcel Risse foi para o Wolfsburg por €13 milhões. Sem espaço no elenco, Sehrou Guirassy foi negociado com o Hamburgo por €3.5 milhões. A saída mais inesperada foi de Thomas Kessler, reserva imediato de Timo Horn. O goleiro de 32 anos foi revelado pelo Köln e estava no clube desde os seus 14 anos, mas nunca se firmou. Ele teve sua cláusula de rescisão (€2 milhões) paga pelo Bochum e decidiu sair pra ter mais oportunidades como titular.

Para repor a perda de seu goleiro reserva, o Köln acertou a contratação de Max Grün, que estava sem clube após o fim de seu contrato com o Wolfsburg e não custou nada aos cofres do clube. Também a custo zero chega Jan Kirchhoff, que estava no Bolton até o fim da última temporada. Kirchhoff surgiu como uma promessa do futebol alemão e teve passagens por clubes como Bayern de Munique e Schalke 04. Além das oportunidades de mercado, o Köln foi buscar Amir Abrashi, volante ex-Freiburg, que custou €2.5 milhões e Hany Mukhtar, meia revelado pelo Hertha Berlin e com passagens por todas as seleções de base alemãs. Mukhtar estava no Brøndby e custou em torno de €12 milhões ao clube.